sábado, 31 de julho de 2010

Kiko Zambianchi



Foto: Divulgação

"Quando saí de Ribeirão Preto para ir para São Paulo tinha certeza que iria conseguir uma gravadora". Foi com essa mesma determinação do início de sua carreira que o músico Kiko Zambianchi superou a "crise de rock", ao longo de toda a década de 1990.
Hoje, com motivos de sobra para celebrar a superação das adversidades, Kiko trabalha na produção do seu mais novo CD, que deve ser gravado ao vivo em sua cidade natal em outubro deste ano. Para os fãs do Vale, uma oportunidade de conferir uma prévia desse trabalho, é o show que ele apresenta logo mais, às 21h, no Hotel Caesar Business, em São José dos Campos.
Não pense você que a citação de Kiko no início desse texto tem alguma coisa a ver com arrogância. Ele mesmo se explica. "Na década de 1970 as gravadoras tinham um vício de achar gente com um trabalho diferenciado. Ao contrário de hoje, que sai Ivete Sangalo para entrar Claudia Leitte, e sai NX Zero para entrar outra banda parecida. Naquele tempo tinha muita banda de rock boa e nenhuma era igual a outra", comenta.
E a intuição não falhou! Em menos de um mês Kiko conseguiu um contrato com a EMI e o lançamento do seu primeiro disco -- Choque (1985) -- já trazia sua composição de maior sucesso, "Primeiros Erros".
Mas quando o Brasil parou para ver Carla Perez dançar e não se ouvia outra coisa além de pagode e sertanejo, o músico teve que se virar. "Fiz muitos shows tocando violão na década de 1990, me especializei, fiz trilhas para peças de teatro -- Kiko chegou a ser indicado ao prêmio de melhor trilha da Apetesp (Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo) --, e foi assim que consegui sobreviver."
Novo fôlego para a carreira veio no início dessa década quando Zambianchi gravou o Acústico MTV junto com o Capital Inicial, colocando "Primeiros Erros" novamente nas paradas. "Depois disso começaram a prestar atenção no meu trabalho. Hoje mais de 65 artistas já gravaram composições minhas. Dá para sobreviver de direitos autorais, mas faço show porque gosto".

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